22 março 2009

Sozinho

"Sentado numa cadeira passo um dia sozinho, um dia igual ao de ontem e ao dia antes desse e ao antes desse... A memória retirou-me a família e o tempo a vontade de viver. A alegria torna-se num conceito tão abstracto e tão incompleto. O mundo à minha volta desmorona-se e eu espero pelo amanha, o amanha que será igual ao dia de hoje, para o levantar. Perco o tempo e assim as horas, os minutos, os segundos deixam de fazer sentido. Levanto a cabeça e volto a deixar cair-la, nem sei se estou vivo ou se estou morto. A imagem de uma companhia faz-me estremecer os cantos da boca, uma companhia não existe. Suspiro por um último suspiro que nunca mais chega..."

Sem comentários:

Enviar um comentário