17 julho 2006

Decadente... no mau sentido

Sim, a minha sociedade esta a decair… E a prova é a música do género de discoteca, reggae, hip hop, rap, pop e afins… todas elas são símbolos de degradação da sociedade ocidental. Elas transmitem ideais de futilidade, de um aproveitamento do presente sem pensar no futuro ou no passado e em alguns casos sem pensar em nada de nada! Falta-lhes força, raça, cultura e ciência!

04 julho 2006

Sinto-me cercado e abandonado.


Desloco-me por entre ruínas de um ser
Que noutra altura foi grande, gigantesco!
Movo-me por entre este ser nunca amado,
Mas belo em toda a largura do meu ver.
Sinto, vindo de algures, um ar fresco
Que aquece a minha existência.
Examino as ruínas enquanto penso
Na sua derradeira experiência.
E no entanto… parece tão vivo…
No ar voa um branco lenço.
Pelo ar vai lento e esquivo.
Cai no chão e lentamente enegrece.
E lentamente toda a ruína enegrece.
O ar fresco torna-se gélido,
Tão frio que o meu rosto fica ferido.
Agora o céu é negro, mais que a noite!
Ao longe avisto a senhora da foice.
Lentamente as pedras voltam-se a erguer,
Numa imagem tão difícil de crer!
Erguem-se numa nova conjuntura,
Nova imagem cheia de escuridão.
Neste novo ser não há nenhuma fissura!
Caio pasmado no frio chão,
É medo o que me atinge!
Olho a senhora da foice ao longe
Que agora ergue a sua foice no ar.
Que posso eu fazer? Nada! Nada!
Ela aproxima-se de mim. O que sou eu?
Sei que ela me quer matar…
Olho nos olhos da desalmada,
E nesse instante a minha vida estremeceu.
Sinto a minha pele a ser rasgada,
Enquanto dou um grito de dor.
A morte aproxima-se, mas ainda está longe,
O meu nariz sente um crescente fedor.
Todo o meu corpo está intacto,
Mas dói tanto e cada vez mais.
Porque estou eu aqui e logo nesta hora?
Quem foi este ser e o que é ele agora?
Vem a mim uma antiga reza, acredito!
“Anjinho da guarda minha doce companhia,
Guardai a minha alma de noite e de dia!”
E continuo a minha luta com o desconhecido,
Na esperança de um dia descoberto,
Com a certeza de um futuro incerto.

01 julho 2006

Serei eu feito de destino?

Suspiro pela morte que me atinja
E leve de mim a saudade!
Daquele que verdade finja
Sobra triste realidade!
Apega-se a meus pulmões a doença
Leve e pesada, morro sem crença!
Não acredito no amor,
Muito menos creio na dor!
Meu coração que agarraste
E então na noite enclausuraste!
Sim, sou leve e fogo e não ardo
E queimo comigo triste fardo…