20 outubro 2008

Deus...

... escreve direito por linhas tortas... e as vezes ainda escreve nas entrelinhas....

:S

17 outubro 2008

Meu Deus

Já não paguei eu pelos meus pecados? Estou cansado de pagar, mas compreendo, cada vez faço pior. Cada vez me afundo mais. Apenas te peço, como acto de misericórdia, que me digas de uma vez por todas quanto tempo mais tenho de sofrer? Quanto tempo tem de passar sem saber qual é aquela que eu mais quero? Durante quanto tempo irei eu continuar a cair em enganos e desenganos? Por quanto mais tempo, meu Senhor? Peço-Te para saber se pelo menos ela já apareceu na minha vida? Meu Deus, quanto tempo? Terei eu de sofrer com mais intensidade ou o que sofro já é o suficiente? Apenas te peço meu Deus que satisfaças esta vontade... Diz-me? Quanto tempo? Não eram os três anos suficientes? Já passaram quase quatro e ainda sofro sem saber o meu futuro. No fim de contas que seja feita a Tua vontade... como se alguma vez outra coisa fosse posível!

15 outubro 2008

Relembro...

As ruínas que estava a visitar...
Os castelos que colidiram em chamas...
A foice a ser levantada...
A luz da esperança...
A certeza do futuro melhor...
A foice a cair...
A escuridão em que me tornei...
A luz do novo início...
O lenço que voava...
O lenço que caia...
As negras ruínas...
O céu da noite...
A foice a cair...
A explosão e a implosão...
A luz que não chegou...
Nada fiz...
Fraco fui...
Por fraco ser...

André da Silva

Este é o nome que procuras...
A ironia do heterónimo que não sou eu...
Sim, ele existe... escondido!
Algures dentro de mim...
Meio livre...
Para sempre dominado por mim!
Sim, ele existe dentro de mim...
Sim, ironia algures nas palavras do desconhecido...
Sorriu a pensar se tu alguma vez o conhecerás?
Sorriu a pensar se tu alguma vez saberás o que lhe aconteceu?
O meu rosto endurece ao relembrar...
Na vitória foi a suprema derrota...

12 outubro 2008

Fechadura

Foi a primeira vez que sofri o que nunca tinha sofrido,
Se não fosse algo tão incompreensível eu teria fugido.
Agora já sei, agora já conheço e não caio nesse erro!
Estou fechado com a fechadura de ferro.
Tenho tantos segredos para revelar,
Mas não mostro o meu ser a se rebelar!
Vejo os outros a sofrer o que eu sofri...
Oiço o que os outros gritam e fico mudo...
Embora preferisse ficar surdo!
Já passei pelo mesmo e não foi bonito.
Podia facilitar-lhes a vida, mas não o faço.
Não quero quebrar tão frágil laço
Que me prende a esta vida,
Para sempre perdida.