A responsabilidade social do design
O papel do design na sociedade
O design é uma disciplina complexa, inquestionavelmente. No entanto, também inquestionável é a sua responsabilidade social. É neste parâmetro que o design se distingue das restantes disciplinas, nomeadamente das engenharias, que se debruçam apenas na função prática do objecto. Esta distinção acontece porque a prioridade do design são as pessoas. E a sociedade é o plano das pessoas. O design distingue-se porque privilegia a interacção das pessoas com os objectos. Dota os objectos, ou qualquer outro suporte, de significados, acrescentando-lhes assim o valor de causaram reacções emotivas, de afectar as pessoas. Esta função torna-se essencial numa altura em que a nossa sociedade é inevitavelmente caracterizada por uma grande frieza. As pessoas têm medo de se dar, de se mostrar, têm medo das outras pessoas e de não saberem lidar com elas. Têm medo de tudo o que reage por conta própria, de tudo o que não compreendem. É uma sociedade fria e fechada, que segue modas inquestionáveis, apenas por serem modas. Assim evitam a questão. Desta maneira é função do design, através de todos os seus meios, aproximar as pessoas, restitui-lhes a capacidade de sentir, de se emocionarem. O design ao operar em diversos suportes pode ter também a capacidade de educar a sociedade, através do seu exemplo ou de alguma mensagem inerente. Por exemplo, do ponto de vista ambiental, se uma peça for feita de um modo amigo do ambiente, reutilizada, e reciclável, o seu proprietário vai ser questionado com a necessidade da preocupação ambiental. Outro exemplo pode ser visto na forma como conceber mobiliário de espaços públicos. A forma como são desenhados vai certamente influenciar a maneira como os desconhecidos que os utilizarem vão comunicar entre si. Pode até aproxima-los. O Design prende-se com a capacidade da comunicação. E desta maneira é sem duvida uma mais valia na humanização da sociedade.
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